Antes de lerem, quero avisar que essa imagine não tem um final comum, e se você ouvir She Will Be Loved enquanto você lê, vai chorar, igual eu chorei a escrevendo.
Antes de começar, lá em baixo do post tem músicas pra vocês ouvirem, coloquem lá e leiam.
Antes de começar, lá em baixo do post tem músicas pra vocês ouvirem, coloquem lá e leiam.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Estava em casa, em uma sexta-feira, sentada no
sofá enquanto observava os enfeites de natal espalhados pela sala.
Peguei meu
IPhone e olhei as horas. 15:45. Pensei em dar uma passadinha na casa do
Gabriel, meu namorado. Ele não deve estar fazendo nada mesmo, como sempre. Ri
de meus pensamentos e subi até meu quarto para me trocar, já que eu ainda
estava com a roupa que havia ido ao colégio hoje. Coloquei um shortinho jeans e
uma camiseta larga por cima, coloquei meu IPhone no bolso e desci. Apesar de
estar nevando, eu sou uma pessoa que raramente sente frio, então não ligo de
ficar de short por aí. Peguei a chave e saí. Tranquei a porta, coloquei a chave no bolso e tirei de lá meu amado IPhone e meu fone de ouvido. Conectei o mesmo
no celular e escolhi uma música. She Will Be loved. Sou apaixonada por essa
música. Comecei a caminhar em direção a casa de Gabriel enquanto cantarolava
trechos da música.
Camilly: Ask her if she wants to stay awhile, and she will be loved ...
*Justin P.O.V*
Estava em casa deitado no sofá, no colo de minha
mãe, enquanto a mesma fazia carinho em meu cabelo.
Pattie:
Justin?
Justin: Oi,
mãe.
Pattie: Como vai a Camilly? Faz tempo que ela não
vem aqui em casa.
Justin: Bem mãe. Hoje no colégio passamos o
recreio todo juntos. – Sorri me lembrando da sua risada.
Pattie: você gosta dela, não é? – Ela perguntou me
olhando com um sorriso em seus lábios.
Justin: Sim, mãe. Faz um tempinho que eu tenho
começado a gostar dela, e posso até dizer que estou a amando. Eu daria minha vida por ela se fosse
necessário.
Pattie: Que bom filho, ela é uma ótima garota. Eu
adoraria tê-la como minha nora. – Ela riu e eu acompanhei.
Justin: Quem dera mamãe, quem dera. – Falei imaginando
nós dois caminhando de mãos dadas na praia. Senti um peteleco na testa. – Ai, o
que foi? – Olhei pra minha mãe curioso.
Pattie: Por que não vai até a casa dela? Ela deve
estar sozinha lá, já que a mãe dela está trabalhando e o pai foi viajar.
Justin: Boa ideia mãe! – Dei um beijo em sua
bochecha e corri escada acima até meu quarto colocar uma roupa descente, já que
eu estava somente de bermuda. Coloquei uma calça preta, uma camiseta, e um
supra. Peguei meu IPhone e olhei as horas. 15:58. Ela deve estar na frente da TV
comendo nutella e assistindo Bob Esponja, do jeito que a conheço. Ri de meus
pensamentos e desci as escadas.
Justin: Mãe, to indo. – Gritei saindo e fechando a
porta. Escutei minha mãe me gritando e abri a mesma outra vez.
Pattie: Filho, você... nossa. – Ela falou me
olhando de cima abaixo. – Que gato.
Justin: tem que impressionar né. – Nós rimos. –
Diga.
Pattie: Você esqueceu o colar que você comprou pra
ela. – Ela disse me entregando.
Justin: Valeu mãe, to indo. – Dei um beijinho na
testa dela e saí.
Fui caminhando e admirando o colar. Espero que ela
goste. Chegando em frente a sua casa, bati na porta repetidas vezes, e nada.
Acho que ela não está. Ah, talvez ela esteja na casa do *eca* Gabriel. Eu acho
que ela não o merece. Ele é um mesquinho que se acha dono do pedaço. Mas fazer
o que, ela o ama e eles são namorados, o que eu tenho a dizer contra?
Caminhei em direção a casa dele, enquanto mexia no
meu IPhone. Quando eu estava próximo a casa, escutei gritos e uma voz meio
chorosa. Ergui o olhar para a casa dele, e vi a minha pequena chorando
aparentemente chocada e gritando com alguém. Aproximei-me mais, mas de onde
eles não pudessem me ver, e vi minha Cams discutindo com o Gabriel. O que ele fez
dessa vez?
Camilly: Eu não quero mais saber de você, some da
minha vida Gabriel. – Escutei ela gritar e ele fechou a porta estressado. Corri
até ela.
Justin: Ei pequena, o que houve? – A abracei e ela
apenas chorava.
Camilly: Jus, ele .. ele ... eu não .. acredito
nisso, como, como ele pôde? Ele me ... ele me traiu, Justin. – Ela disse
enquanto me abraçava e chorava de soluçar.
Não acredito que aquele idiota fez isso com ela. Uma
garota linda, meiga, feliz, engraçada, fofa, carinhosa... Por quê?
Justin: Eu vou lá socar a cara dele agora. – Falei
nervoso indo em direção à porta.
Camilly: Justin, por favor, não. – Ela falou puxando
meu braço. Respirei fundo. Apenas a abracei.
Justin: Tudo vai ficar bem, ok? Eu estou aqui. Olha,
até te trouxe um presente. – Peguei o colar do meu bolso enquanto ela ainda
fungava abraçada a mim. Coloquei na mão dela e ela o observou admirada.
Camilly: Justin, é lindo. Eu amei. Obrigado.
*Camilly P.O.V*
O colar era realmente lindo. Abri o mesmo, e dentro havia uma foto do Justin. E do outro lado havia uma foto de nós dois. Eu me lembro do dia que tiramos essa foto. Sorri automaticamente ao me lembrar.
Justin: Vem, vamos nos sentar.
Ele me puxou até um banco que havia no final da rua. Nos sentamos. Olhei pra frente e havia uma barraquinha de cachorro-quente. Meu estômago roncou.
Justin: Nossa, essa até eu ouvi. - Nós rimos. - Vou ali buscar um pra nós e já volto, ok? Não sai daqui.
Ele me deu um beijo na bochecha e atravessou a rua, indo em direção à barraquinha.
Olhei pro colar outra vez, sorri e olhei em direção a casa de Gabriel. Eu gostava bastante dele. Fiquei pensando um pouquinho e começou a chover. Ri vendo o Justin lá na barraquinha tentando se esconder debaixo do toldo. Me levantei e fui atravessar a rua até a barraquinha, mas acabei tropeçando. Escutei a voz do Justin.
Justin: Camilly? CAMILLY? AH MEU DEUS, CUIDADO.
Eu somente gritei quando vi do que ele falava.
Camilly: JUSTIN!
*Justin P.O.V*
Droga, droga, por que isso logo agora? E com ela?
Justin: Cams, você ta bem? - Coloquei sua cabeça em meu colo e quando retirei a mão, vi que havia sangue na mesma. Ah não.
Gritei pro cara que atropelou a minha pequena ligar para a emergência.
Logo
a ambulância chegou e colocaram ela na maca. Eu entrei na mesma junto com ela.
Não quero nem saber.
No
caminho, eles tentavam reanima-la, sem sucesso. Eu já chorava desesperado.
Enfermeiro:
Ela não está reagindo, não vai sobreviver.
Justin:
O QUE? COMO ASSIM NÃO VAI SOBREVIVER?
Enfermeiro2:
Ei, ele não pode ficar ouvindo, apaguem ele.
Senti
uma injeção no pescoço e logo tudo escureceu.
[...]
Acordei
deitado em uma maca dentro de uma sala branca. Minha mãe estava ao meu lado.
Pattie:
Filho, graças a Deus você está bem. Eu sinto muito pela Camilly. – Ela me olhou
com lágrimas nos olhos.
Justin:
Como assim sente muito? O que houve? Ela, ela... – Não consegui pensar na
possibilidade de ter perdido minha pequena.
Pattie:
Não querido, mas ela tinha um grave problema no coração, e o susto, junto com o
acidente, pioraram tudo, e ela precisa de um
transplante de coração. Mas ninguém tem o sangue compatível com o dela,
então provavelmente .. iremos perde-la. – Minha mãe disse enquanto uma lágrima
escorria de seus olhos.
As
lágrimas já estavam em meus olhos. Apenas levantei e tirei aqueles fios presos
em mim. Saí do quarto em direção a cantina do hospital.
Me
sentei em uma mesa no canto, e minha mãe se sentou à minha frente.
Justin:
Voce tem uma folha e uma caneta aí, mãe?
Pattie:
Devo ter querido. – Ela olhou em sua bolsa e retirou de lá um pequeno caderno e
uma caneta.
Peguei
os dois e comecei a escrever.
[...]
Pattie:
Tem certeza querido? – Minha mãe dizia enquanto chorava.
Justin:
Sim mãe, me perdoe, mas eu não me suportaria se não fizesse isso.
Pattie:
Tudo bem, eu te amo muito ok? Você é minha vida e eu vou lhe amar sempre. – Ela
me abraçou chorando. Minha pequena Pattie, minha mamãe.
Justin:
Eu também te amo, mãe. Você é a melhor mãe do mundo.
[...]
Eu
observava os pais da Camilly conversando com minha mãe em uma mesa afastada na
cantina. Eu analisava o frasco de pílulas em minhas mãos, e em seguida olhava
para o bilhete em minha mão esquerda.
“Para Camilly. De Justin. Espero que entenda
porque fiz isso.”
Peguei
o copo de suco que eu havia comprado na cantina, e peguei um comprimido.
Coloquei o mesmo na boca, e em seguida bebi o suco.
Camilly, eu amo você. Me
desculpe mãe.
*Camilly
P.O.V*
Acordei
com um barulho irritante.
“pi
... pi ... pi”
Olhei
em volta e estava em um quarto branco, cheio de aparelhos médicos. Me esforcei
um pouquinho pra lembrar, e vi flashbacks de mim atravessando a rua e sendo
atropelada. Justin também estava lá. Será que ele está bem?
Uma
enfermeira entrou no quarto e se surpreendeu ao me ver acordada.
Enfermeira:
Ei mocinha, você acordou. Parece que o transplante foi um sucesso. Vou chamar o
doutor. – Ela saiu.
Oi?
Transplante?
Minha
voz estava um pouco falha, e minha garganta doía, então decidi ficar quieta.
Logo
o doutor entrou. Me examinou e chegou a conclusão de que tudo estava certo. Ele
me liberou pra ver meus pais. Fui até a recepção com ele.
Minha
mãe e meu pai estavam lá junto de Pattie. Pattie estava com um sorriso cansado
e tristonho. Se ela está aqui, onde está Justin? Será que ele está bem?
Meus
pais me abraçaram.
Mãe:
Filha, graças ao bom Deus, você está bem.
Meu
pai me abraçou enquanto lágrimas de felicidade rolavam de seus olhos.
Pattie
sorriu pra mim.
Camilly:
Pattie, onde está Justin?
O
fraco sorriso sumiu de seus lábios. Meus pais me olharam aflitos. O que aconteceu?
Ela
apenas levantou, me abraçou fortemente, e colocou em minhas mãos uma folha de
caderno, onde pareciam ter manchinhas de lágrima.
Pattie:
Venha.
Ela
me levou até a cantina, e eu me sentei em uma mesa com ela e meus pais.
Abri
o papel, e de dentro caiu o colar que Justin havia me dado no dia do acidente.
Eu sorri ao lembrar dele me confortando. Passei meus olhos pelo texto escrito
em caneta azul.
“Camilly,
minha pequena. Eu sei que você vai me odiar por isso, mas quero que entenda o
porque de eu ter feito isso.
A
muito tempo, eu venho percebendo o quão linda, meiga, fofa, gentil, engraçada e
carinhosa você é com todos ao seu redor.
Eu sempre pensei: "ela será amada".
Eu
me pegava pensando em você dia após dia, e cheguei a uma conclusão.
Eu
amo você.
Amo
com todas as letras.
Você
é uma garota perfeita, e quem se casar com você tem que agradecer a Deus por
isso todos os dias.
Quando
eu te vi naquela rua, no chão, sangrando, eu via meu mundo desmoronar. Eu
entrei naquela ambulância junto com você, e enquanto tentavam te reanimar, eu
ouvia os enfermeiros dizendo que você não iria sobreviver, e olha só você
agora.
Eles
me apagaram, e quando eu acordei, minha mãe me disse que você tinha um problema
muito sério no coração e o susto e o impacto do acidente acarretaram o problema
a piorar. Você precisava de um transplante de coração. E nenhum coração do
hospital tinha o sangue compatível ao seu pra fazer o transplante. Nenhum
mísero coração nesse hospital.
E
eu me lembrei daquele dia que nós fomos juntos ao hospital fazer exames de
sangue, e o meu era igual ao seu, você se lembra?
Pois
é, meu sangue é compatível ao seu.
Então,
agora, meu coração é seu. Literalmente.
Ele
sempre foi. Mas agora é dos dois jeitos.
Não
me odeie por ter feito isso. Eu me odiaria se tivesse deixado você morrer, e
bom, aqui estou eu, escrevendo essa carta para a minha garota. Não pense em
tentar se matar ou coisa do tipo, porque eu quero que você viva muito bem, e
seja feliz. Se você continuar vivendo, eu ficarei muito feliz por você. Agora
eu sou seu anjo da guarda. Estarei com você em todos os lugares. Quando a luz
atravessar a janela, saiba que sou eu.
Eu
te amo, e quero que você seja feliz.
Sou
seu herói, certo?
Saiba que mesmo eu não estando mais com você, você foi amada.
Com
muito amor, Justin.”
Nesse momento, as lágrimas eram incontroláveis e os soluços já apareciam. Eu chorava descontroladamente enquanto olhava frequentemente da carta para o colar com a nossa foto.
Camilly: Pattie, eu... eu quero vê-lo. - Pedi enquanto chorava. Pattie também chorava, mas não como eu.
Pattie: Tem certeza querida?
Concordei com a cabeça. Pattie chamou o médico e ele nos levou até a sala onde Justin estava.
Ao entrar naquele lugar frio, eu chorava silenciosamente lembrando todas as nossas aventuras juntos. Ao longe eu vi seu corpo pálido sobre uma maca de ferro, coberto por um lençol branco. Somente seu rosto estava descoberto. Eu corri até ele. Aquele pequeno garoto que vivia pregando peças em todos, rindo de tudo, feliz, que amava sua mãe. Agora está em uma mesa de hospital. Morto. Me dói até a alma falar isso.
Depositei um selinho sobre seus lábios gélidos e sem vida. Acariciei seu cabelo e sussurrei em seu ouvido.
"Obrigada por tudo o que você já fez por mim, meu herói."
Algumas lágrimas caíram sobre seu rosto pálido. Eu não aguentaria ficar mais alí.
Saí daquela sala com apenas uma intuição.
Eu iria viver a vida do melhor jeito possível. Eu seria feliz. Por ele, pelo meu anjo. Pelo garoto que eu amo. Sim, eu o amo, já faz um tempo, mesmo eu estando com o Gabriel. Eu o amava com todas as minhas forças, e vou lutar para viver e cumprir o que ele me pediu, meu anjo.
O QUE ACHARAM?
EU CHOREI ATÉ SECAR O ESTOQUE DE LÁGRIMAS CARA.
SÉRIO.
RECOMENDO VOCÊS OUVIREM ENQUANTO LEEM.
Isso aí, beijos, e COMENTEM U.U